terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Poemas de espera e ausência

I

No sofá…
Sentados de mãos dadas
E dedos entrelaçados.
Sorrisos tímidos de meninos que roubam rebuçados
e olhos penetrantes
que convidam ao deslize dos amantes.
E dizem: já está!

Corpos que se apertam num intenso olhar
Ruborizam as faces e aquece a alma.
Doce calmaria transbordante
Anseio e chama nem sempre calma,
Incendeia o corpo, e já fumegante
Leva os amantes a amar.

Deitada
Descoberta e destapada
Mesmo sem nada
Submetida a uma massagem de amor!
Costas expostas e ventre quente.
Corre o mel e o suor
Numa suave e louca vertente.


II

Passei por lá e não te vi.
Fiquei a olhar,
a pressupor o teu cheiro e o teu sorriso
que não conheço,
tal e qual o muito de ti.
Mas ironizo
e confesso, indeciso,
que regresso.


Quem sabe um dia...
cansado e triste,
deixado em vão
venha a razão
e não me assiste
resistir a tal melancolia!
Saberás então o sentido destas palavras
o luto e as mágoas...

da luta nas cristas...e nas cavas.

III

Sinto o teu olhar,

amedrontado,

como se os meus olhos estivessem frente a ti,

e os teus desviados para nenhures.

Sinto os teus instintos doces e animalescos, mesmo sem te ver!

É nesta ausência de tudo e nada

que a minha memória deambula,

de eterno prazer.


Originais de JC

2 comentários:

Inquilino Anónimo disse...

Ò Pá! Bebe uma DUVEL kisso passa!!!

Anónimo disse...

mas tu também escreves poesia... gostei muito e espero que isso não te passe com uma DUVEL, seja isso o que for... rs...rs...