I
No sofá…
Sentados de mãos dadas
E dedos entrelaçados.
Sorrisos tímidos de meninos que roubam rebuçados
e olhos penetrantes
que convidam ao deslize dos amantes.
E dizem: já está!
Corpos que se apertam num intenso olhar
Ruborizam as faces e aquece a alma.
Doce calmaria transbordante
Anseio e chama nem sempre calma,
Incendeia o corpo, e já fumegante
Leva os amantes a amar.
Deitada
Descoberta e destapada
Mesmo sem nada
Submetida a uma massagem de amor!
Costas expostas e ventre quente.
Corre o mel e o suor
Numa suave e louca vertente.
II
Passei por lá e não te vi.
Fiquei a olhar,
a pressupor o teu cheiro e o teu sorriso
que não conheço,
tal e qual o muito de ti.
Mas ironizo
e confesso, indeciso,
que regresso.
Quem sabe um dia...
cansado e triste,
deixado em vão
venha a razão
e não me assiste
resistir a tal melancolia!
Saberás então o sentido destas palavras
o luto e as mágoas...
da luta nas cristas...e nas cavas.
III
Sinto o teu olhar,
amedrontado,
como se os meus olhos estivessem frente a ti,
e os teus desviados para nenhures.
Sinto os teus instintos doces e animalescos, mesmo sem te ver!
É nesta ausência de tudo e nada
que a minha memória deambula,
de eterno prazer.
Originais de JC
2 comentários:
Ò Pá! Bebe uma DUVEL kisso passa!!!
mas tu também escreves poesia... gostei muito e espero que isso não te passe com uma DUVEL, seja isso o que for... rs...rs...
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